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sexta-feira, 29 de julho de 2011

A História do Alaúde.

Espera aí? Que blog é esse? Não é sobre magia e misticismo?

Meus caros amigos e visitantes! O blog “O Chalé do Mago” mostra o universo Cultural, Histórico e curiosidade, e o meu objetivo é matar a curiosidade de muitas pessoas e minha curiosidade também... (Risos) Me deu uma grande vontade de postar sobre esse lindo instrumento que sou louco para ter e saber tocar, e falando obviamente que ele tem um som místico, um som mágico e maravilhoso que dar vontade de ficar ouvindo o tempo todo sem parar.

Na magia também ha música.


A HISTÓRIA DO ALAÚDE

O alaúde foi tocado na Europa por mais de 500 anos e, por algum tempo, foi o instrumento mais importante na cultura europeia.

O antecessor do alaúde é o ud (ou oud), um instrumento de origem no norte da África e no Oriente Médio. Já na Grécia, o alaúde era conhecido como pandura, e havia sido importado da Ásia ocidental. O ud lembra o alaúde europeu e tem quatro pares de cordas que são tocadas com a palheta. Tem diferenças claras na forma dos dois e no ud, temos a presença de mais de uma rosa. In Arábico "al ud" significa "a madeira" e as palavras "al ud" tem dado origem a nossa palavra atual alaúde. Já no mundo romano, o alaúde era chamado fidicula (pequena corda), outro nome que daria origem a muitos descendentes: fidula, vitula, vihuela, viola, violino, etc. O ud existiu por mais de mil anos e em alguns lugares é tocado ainda hoje.

Devido às invasžes orientais e posteriormente ao comércio desenfreado com estes mesmos países no Mediterrâneo, o ud ficou conhecido na Europa antes do ano 1000 d.C. Assim, o ud foi se adaptando às novas necessidades locais e como as pinturas desta mesma época mostram, no século XV, os instrumentos se transformaram definitivamente em alaúdes, com cinco ordens tocadas com palheta ou posteriormente, com os dedos.

Nenhum alaúde desta época sobreviveu até os dias atuais, mas existe um interessante manuscrito datado de 1450 que descreve a técnica de construção do alaúde (o manuscrito de Arnault). Na Europa, o tamanho, a forma, o encordoamento e afinação do alaúde continuariam a evoluir na medida em que os estilos musicais mudariam e a nova tecnologia se tornaria disponível.

O alaúde da metade do Renascimento (1500-1580) tem seis cursos, sendo muitas vezes a corda superior sozinha. O uso da palheta facilitava a execução de linhas melódicas agudas. Este estilo pode ser ouvido bem no jeito moderno de tocar alaúde. O estilo típico do Renascimento moderno, de tocar mais de uma linha melódica simultaneamente (polifonia e/ou contraponto) não se encaixou facilmente com a técnica de palheta do instrumento. A solução encontrada foi o uso dos dedos da mão direita num estilo tipicamente dedilhado. Contemporaneamente, apareceu também uma forma de notação musical para o alaúde, conhecida como tablatura, que mostrava a posição dos dedos na escala do instrumento como referencia visual. Este mesmo século viu o inicio das publicações de música para alaúde em livros e partituras sendo impressas em toda a Europa.

O fim do Renascimento (1580-1620) é um momento particularmente interessante para o alaúde, pois este se estabeleceu como instrumento oficial na corte e era estudado por muitos prósperos cidadãos. Como podemos ler no site Historia da Arte:

"O aperfeiçoamento dos instrumentos, as exigências litúrgicas e o surgimento de um mercado formado pela nobreza feudal e pela burguesia mercantil das cidades determinaram a expansão da polifonia, com importantes contribuições de Machaut, Du Fay e Palestrina"

O estudante de alaúde tinha que ser suficientemente talentoso para aprender este difícil instrumento, que vinha a ser cada vez mais usado além de instrumento de acompanhamento para cantores, como instrumento solista em pequenos conjuntos. John Dowland, talvez o mais virtuoso instrumentista da sua época, tocou e publicou muita música na Inglaterra desta época. Muitas cidades da Europa começaram a oferecer workshops da fabricação do alaúde e muitos luthiers fizeram fortuna com a confecção deste instrumento.

A silhueta do corpo do alaúde no final da Renascença não era tão alongada quanto o eram os alaúdes mais antigos. O número de tiras utilizadas para a elaboração do corpo aumentou primeiramente de treze para quinze, depois vinte e cinco, mais tarde trinta e ocasionalmente ultrapassava cinquenta. Alguns instrumentos deste período sobreviveram e alguns destes são peculiarmente elaborados.

Existia uma variedade muito grande de alaúdes no tocante ao tamanho e forma. O tamanho mais comum era frequentemente denominado de mean lute. Instrumentos mais agudos eram conhecidos como treble lutes, enquanto que os mais graves eram chamados de bass lutes.

Por aproximadamente quinhentos anos, o alaúde foi tocado em todas as cidades da Europa. Era considerado o mais respeitado de todos os instrumentos. Na história da música ocidental, não se tem notícia de um outro instrumento que o superou em posição e longevidade.

As razžes para o declínio do alaúde não são fáceis de serem precisadas. Os músicos profissionais de alaúde que se aposentaram à época de Mozart e Haydn não foram substituídos. O que sobreviveu em quantidade e em qualidade, foi propriamente a música.

Vídeos relacionados ao Alaúde:

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